Ontem o mundo do marketing digital foi abalado por um grande vazamento: uma documentação de APIs do Google, usada pelo buscador para classificar os resultados, veio à tona. Este incidente, apelidado de “Google Algo Leaks”, revelou uma impressionante lista de mais de 14 mil elementos que o Google considera para ranquear páginas. Embora esses elementos não sejam utilizados simultaneamente, sua existência reforça a importância de uma abordagem de SEO centrada na experiência do usuário e de busca.

De acordo com Diego Ivo, um dos especialistas mais renomados em SEO na atualidade, os itens abaixo são, em suma, os mais relevantes. Naturalmente, há muito conteúdo a ser analisado, testado e comprovado, portanto, essa lista pode sofrer alterações significativas.

1. Sinais do usuário e o “Navboost”

Uma das revelações mais importantes é que o Google utiliza sinais do usuário, como cliques, tempo de permanência na página e taxa de cliques (CTR). Este conjunto de fatores, conhecido como “Navboost”, confirma que o comportamento dos usuários influencia significativamente os rankings. Portanto, investir na melhoria da experiência do usuário no seu site é essencial para melhorar a visibilidade nos resultados de busca.

2. Dados do Chrome e comportamento do usuário

Outra descoberta é que o Google usa dados coletados pelo navegador Chrome para avaliar o comportamento do usuário. Isso inclui métricas como taxa de rejeição, tempo no site e o quanto os usuários rolam a página. Esses fatores de comportamento, há muito defendidos por especialistas como correlacionados ao melhor posicionamento, agora são confirmados como elementos considerados pelo algoritmo do Google.

3. Autoridade de domínio e importância dos links

Apesar das declarações anteriores do Google, o conceito de Autoridade de Domínio realmente existe. O parâmetro “SiteAuthority” indica que domínios fortes têm mais chances de ranquear bem, especialmente quando publicam novas páginas. Além disso, links continuam sendo um fator crucial. Sites com maior autoridade tendem a ter melhor desempenho nos resultados de busca, destacando a importância de uma boa estratégia de construção de links.

4. Dados de pesquisa e relevância temporal

Os dados de pesquisa do Google mostram que consultas semelhantes, realizadas dentro de um certo período, podem influenciar os resultados. Isso significa que a relevância temporal e a frequência das pesquisas podem afetar o ranqueamento de páginas relacionadas. Manter seu conteúdo atualizado e relevante para as tendências de pesquisa é fundamental para manter-se bem posicionado.

5. Marcas e autores importam

O vazamento também revelou que o Google leva em conta menções de marcas na web e o nome dos autores dos artigos como fatores de classificação. Isso sugere que construir uma presença forte e reconhecida online, tanto para marcas quanto para autores, pode contribuir para melhores rankings. A credibilidade e a autoridade são mais importantes do que nunca.

Considerações Finais

Embora muitas dessas informações não sejam totalmente novas para quem acompanha as melhores práticas de SEO, a confirmação através de documentos internos do Google é um marco importante. Este vazamento coloca o Google em uma posição complicada, pois desmente muitas das declarações anteriores sobre como seu algoritmo funciona. Para profissionais de SEO, a lição é clara: continuar focando na experiência do usuário e na qualidade do conteúdo é o caminho certo para alcançar e manter boas posições nos resultados de busca.

Essas revelações reforçam que, apesar das nuances e complexidades, as estratégias fundamentais de SEO que priorizam a experiência do usuário e a qualidade do conteúdo continuam sendo vitais para o sucesso online.

Rogério Salgado

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