Mike Krieger e Kevin Systrom, fundadores do Instagram, lançaram nessa última semana uma nova rede social. Trata-se da Artifact, uma plataforma similar ao TikTok, porém sem dancinhas ou vídeos, somente textos e notícias.

Inclusive, segundo os próprios criadores, o nome da rede social tem relação direta com textos. Artifact é uma fusão das palavras “articles” e “facts” (matérias e fatos, em inglês).

Mercado de Redes Sociais

Antes de nos aprofundarmos nas funcionalidades e objetivos da Artifact é importante contextualizarmos que o lançamento nesse momento é, no mínimo, ousado.

Diversas empresas do setor de tecnologia (Meta, Twitter, Google, Spotify, Microsoft, Amazon, entre outras) estão realizando demissões em massa, gerando preocupações no mundo inteiro.

Por outro lado, é legítimo pensar que, justamente por isso, o lançamento se fez tão oportuno.

Mike e Kevin conhecem muito bem o mercado; não só fundaram e venderam o Instagram para o Facebook, como deixaram o Meta em 2018 após discordâncias com Mark Zuckerberg. Além disso, o declínio e apreensão em relação ao futuro do Twitter nas mãos de Elon Musk podem abrir espaço para uma rápida popularização de uma nova rede social.

Como a rede social vai funcionar

A descrição do Artifact é bem simples:

“Descubra artigos interessantes e fique por dentro das manchetes importantes. Artifact é um aplicativo gratuito que aprende seus interesses e traz para você os melhores artigos que a web tem a oferecer. Tornamos mais fácil acompanhar as coisas em que você está interessado enquanto filtramos o ruído”.


Em suma, a página inicial do aplicativo vai apresentar as reportagens mais relevantes e, a partir das interações dos usuários, a inteligência artificial do app irá sugerir matérias do mesmo nicho (dinâmica similar ao TikTok ou Reels).

Importante: Apesar do aplicativo já estar disponível para Android e iOS, no momento, é necessário entrar em uma fila de espera no site da empresa para criar uma conta.

Conclusão

Confesso que, pessoalmente, acho muito difícil o Artifact crescer exponencialmente em um espaço curto de tempo.

O principal motivo é que a rede social é nichada. Afinal, em um mundo com alto consumo de conteúdo em vídeo, quantas pessoas vão se contentar ou preferir ler artigos, reportagens e notícias?

Abraços e até semana que vem,

Rogério Salgado.

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