O Google acaba de lançar nos Estados Unidos o Web Guide, um experimento em sua plataforma Search Labs, que promete transformar a forma como os resultados de busca são apresentados. Em vez da tradicional lista de links, o Web Guide usa o modelo de IA do Gemini, personalizado para entender seu tema de busca e agrupar os resultados por tópicos relevantes.
Esse recurso é ideal para quem busca explorar assuntos amplos ou fazer perguntas complexas em múltiplas frases. Ele dispara várias variações relacionadas da sua pesquisa ao mesmo tempo (a técnica chamada “query fan‑out”) e organiza o conteúdo em categorias como “guia completo”, “dicas da comunidade”, “solução de problemas” e outras seções úteis. Mais do que uma simples melhoria, o Web Guide representa mais uma das investidas do Google para manter sua posição de relevância diante do crescimento acelerado de ferramentas como ChatGPT, Copilot e outras inteligências artificiais que já estão mudando a forma como buscamos informações. A ideia é tornar o buscador ainda mais inteligente, oferecendo respostas mais completas e com menos esforço por parte do usuário.
Embora o Web Guide esteja em fase de testes e disponível apenas na aba “Web”, ele sinaliza um caminho claro. Já temos o AI Overview em operação aqui no Brasil, que usa inteligência artificial para responder perguntas diretamente na página de resultados, reduzindo o número de cliques para os sites de origem.
A expectativa é que o Web Guide também chegue por aqui em breve, ampliando essa lógica: menos acessos orgânicos, porém muito mais qualificados. Afinal, quem clicar terá passado por uma jornada mais interativa: refinando sua busca, dialogando com o buscador e chegando ao conteúdo com um interesse real e filtrado.
Naturalmente, o Google costuma levar um tempo até expandir seus testes globalmente, mas é fundamental estarmos atentos a essa transformação. A forma como buscamos, como interagimos com o conteúdo e até como conhecemos o próprio Google está mudando rapidamente. O modelo tradicional de pesquisa que conhecíamos está, aos poucos, ficando para trás.
