O Google está passando por uma transformação com o avanço da inteligência artificial generativa, e especialmente no contexto da Search Generative Experience (SGE), a forma como conteúdos são exibidos e consumidos nas buscas está mudando drasticamente.
A nova experiência agora entrega respostas completas, contextualizadas e imediatas diretamente na interface da busca, muitas vezes sem exigir que o usuário clique em um site, o que tem diminuído os cliques, mas ainda assim, aumentado as buscas.
Para empresas, indústrias e profissionais de marketing, isso significa uma coisa: a forma de produzir conteúdo para ranquear precisa evoluir, e rápido.
Neste artigo, vamos te mostrar:
- O que é a Search Generative Experience;
- Como ela impacta as estratégias de SEO;
- Como adaptar seus conteúdos para continuar relevante;
- E como o setor industrial pode se destacar nesse novo cenário.
Prepare-se para entender o futuro das buscas e como o seu conteúdo pode ser protagonista nele.
O que é Search Generative Experience (SGE)?
A Search Generative Experience (SGE) é a resposta do Google à ascensão das buscas com inteligência artificial. Trata-se de uma nova interface de busca, que utiliza IA generativa para criar respostas completas, contextuais e baseadas em múltiplas fontes, apresentadas diretamente no topo da página de resultados.
Como funciona?
Ao digitar uma pergunta, o Google gera um bloco de resposta dinâmica, com:
- Um resumo informativo criado por IA
- Fontes consultadas com links clicáveis
- Sugestões de próximas perguntas relacionadas
- Espaço reduzido para os resultados orgânicos tradicionais
O que diferencia a SGE da busca tradicional?
| Busca Tradicional | SGE |
| Baseada em indexação e rankeamento por palavras-chave | Geração de respostas por IA com base em múltiplas fontes |
| Requer múltiplos cliques para montar uma resposta | Fornece resumo pronto e interativo |
| Depende do SEO on-page clássico | Valoriza autoridade, contexto e estrutura semântica |
Por que a SGE muda o jogo para o SEO?
A Search Generative Experience não é apenas uma atualização visual do Google, ela representa uma mudança profunda na lógica de ranqueamento e consumo de conteúdo. Se antes o objetivo era estar entre os “10 primeiros links”, agora o desafio é ser citado como fonte confiável nas respostas geradas por IA.
O conteúdo certo no formato errado pode desaparecer
Com a SGE, muitos conteúdos que antes estavam bem posicionados podem simplesmente não aparecer nos novos blocos de resposta. Isso acontece porque a IA prioriza:
- Conteúdos que respondem diretamente à intenção de busca
- Estrutura semântica clara (títulos, listas, perguntas e respostas)
- Autoridade e confiabilidade das fontes
Um estudo da BrightEdge revelou que mais de 84% das buscas com SGE apresentam respostas completas sem cliques adicionais, o que reforça a necessidade de criar conteúdos que não apenas ranqueiem, mas sejam úteis o suficiente para serem usados pela IA na resposta gerada.
Redução da taxa de cliques (CTR)
Com as respostas posicionadas acima dos resultados orgânicos, muitos usuários não chegarão até os links tradicionais. Isso reforça a importância de:
- Ser citado na SGE (aparecendo como referência)
- Otimizar para zero-click content, ou seja, conteúdo que entrega valor mesmo sem o clique
Mais do que palavras-chave: semântica e contexto
Na era da SGE, o contexto importa mais do que o termo exato. A IA busca entender:
- A relação entre tópicos e subtemas
- A profundidade e confiabilidade do conteúdo
- A experiência e autoridade de quem escreve (E-E-A-T)
Em outras palavras: otimizar conteúdo para IA vai além do SEO técnico tradicional. É necessário combinar clareza, linguagem natural e estrutura lógica, como veremos no próximo tópico.
Como preparar seu conteúdo para aparecer na SGE
A lógica da Search Generative Experience exige uma adaptação profunda na forma como os conteúdos são criados. Não basta mais usar palavras-chave, é preciso oferecer respostas contextuais, confiáveis e bem estruturadas, que sejam facilmente interpretadas por sistemas de IA.
Veja como preparar seu conteúdo para conquistar relevância nessa nova etapa das buscas:
1. Organize seu conteúdo por tópicos e intenção de busca
O Google generativo entende melhor conteúdos que:
- Respondem a perguntas claras (ex: “como funciona o SGE?”)
- Têm uma estrutura lógica: introdução, desenvolvimento, conclusão
- São divididos por subtítulos claros (com H2, H3…)
Dica prática: utilize o formato “problema + solução + exemplos” para cada seção. Isso favorece a seleção pelo algoritmo como conteúdo útil.
2. Enfatize respostas claras e diretas
A IA do Google tende a selecionar trechos que:
- Explicam conceitos em 1 ou 2 frases objetivas
- Usam listas, bullet points ou perguntas e respostas
- Evitam jargões vazios e repetição
Exemplo de estrutura amigável para IA:
Pergunta: Como funciona a SGE?
Resposta: A Search Generative Experience usa IA generativa para criar respostas baseadas em diversas fontes confiáveis, oferecendo uma visão completa da busca.
3. Otimize com dados estruturados (Schema.org)
Marcar seu conteúdo com dados estruturados permite que o Google:
- Entenda melhor o tipo de informação
- Exiba seu conteúdo em rich snippets
- Associe sua página a conteúdos confiáveis
Ferramentas úteis:
- Schema Markup Generator (Merkle)
- Rich Results Test do Google
4. Adicione fontes confiáveis e referências externas
A IA do Google valoriza conteúdos com links externos confiáveis, pois isso indica profundidade e veracidade. Sempre que possível:
- Cite estudos, institutos, publicações especializadas
- Evite links genéricos e foque em autoridade real
Exemplo: Ao mencionar dados de adoção da IA no marketing, linkar para HubSpot ou McKinsey, por exemplo.
5. Melhore a escaneabilidade do conteúdo
A estrutura visual também impacta o ranqueamento na SGE. Para isso:
- Use parágrafos curtos (2 a 3 linhas)
- Destaque trechos importantes com negrito
- Prefira listas, tabelas e tópicos quando possível
Essas práticas aumentam significativamente as chances de o seu conteúdo ser selecionado como resposta gerada por IA ou ao menos como fonte recomendada na SGE.
Fatores que influenciam o ranqueamento nas buscas com IA
A integração da inteligência artificial nas buscas, como na Search Generative Experience, não elimina os princípios do SEO. Mas redefine como esses princípios são avaliados e coloca maior ênfase em elementos como autoridade, contexto e clareza.
A seguir, veja os principais fatores que impactam diretamente o posicionamento e a visibilidade do seu conteúdo industrial nesse novo cenário:
1. E-E-A-T (Experience, Expertise, Authoritativeness, Trustworthiness)
O Google reforçou seu sistema de avaliação com o “E” de Experiência, além dos já conhecidos critérios de Especialização, Autoridade e Confiabilidade. Isso significa:
- Experiência: O conteúdo foi criado por alguém com vivência no assunto?
- Especialização: O autor domina tecnicamente o tema?
- Autoridade: O site é uma referência confiável na área?
- Confiabilidade: O conteúdo é preciso e seguro?
Ações práticas para aplicar E-E-A-T:
- Assine os conteúdos com nomes reais, cargos e experiência (ex: engenheiros, diretores industriais).
- Crie páginas de autor e institucional detalhadas.
- Inclua citações, fontes e links externos relevantes.
- Atualize periodicamente conteúdos já publicados.
2. Clareza semântica e intenção de busca
As IAs generativas entendem o significado por trás das palavras. Por isso, é crucial que seu conteúdo:
- Responda com precisão à intenção da busca (informativa, comparativa, transacional).
- Use variações semânticas das palavras-chave (ex: “otimizar conteúdo industrial” / “melhorar conteúdo técnico para indústria”).
- Adote um tom natural, conversacional e livre de jargões técnicos desnecessários.
3. Linkagem interna e externa contextualizada
O conteúdo que ranqueia melhor para a SGE geralmente está bem conectado a outros conteúdos confiáveis.
- Faça linkagens internas entre artigos do seu blog (ex: indicar artigos sobre funil de vendas para indústrias ou métricas de marketing industrial).
- Use links externos para fontes confiáveis como:
- Think with Google
- Content Marketing Institute
- SEMRush blog
- RD Station blog
- Blog da Conversion
- Think with Google
4. Tempo de permanência e engajamento
Conteúdos que mantêm o visitante na página são valorizados pela IA.
- Invista em conteúdo visual: infográficos, vídeos explicativos e imagens reais.
- Use intertítulos instigantes, que mantêm o leitor avançando.
- Escreva como se estivesse conversando com uma pessoa real do setor industrial — o que gera empatia e retenção.
5. Adaptabilidade para múltiplas interfaces (desktop, mobile, voz, IA)
A SGE está sendo integrada também a dispositivos móveis, comandos de voz e experiências conversacionais. Por isso, seu conteúdo precisa estar:
- Otimizado para leitura rápida no mobile
- Estruturado em blocos pequenos e escaneáveis
- Com headings e listas que podem ser lidas por assistentes de voz e IAs como Chat GPT, Gemini, Bing Copilot etc.
Como planejar um conteúdo industrial orientado para IA e SEO?
Criar conteúdos que se destaquem no setor industrial, e ainda ranqueiem bem tanto no Google tradicional quanto em plataformas baseadas em IA como a SGE, Chat GPT e Gemini, exige planejamento estratégico, foco em dados e uma abordagem centrada no usuário.
Veja o passo a passo prático para construir esse tipo de conteúdo:
1. Entenda o seu público industrial com profundidade
Antes de qualquer palavra ser escrita, é necessário mapear:
- Quais são as dores e dúvidas do seu público?
- Quais decisões ele precisa tomar durante a jornada de compra?
- Como ele consome conteúdo técnico?
Ferramentas úteis:
- RD Station, HubSpot ou CRM para analisar comportamento de leads.
- Plataformas de SEO como Ubersuggest, SEMrush ou SERanking para descobrir perguntas frequentes.
- Consulta a equipe comercial ou de engenharia da indústria.
2. Pesquise palavras-chave com intenção alinhada
Não basta identificar termos com volume: é necessário escolher aqueles que se conectam com a etapa do funil e intenção de busca.
Exemplo prático para conteúdo industrial:
- Topo de funil: “automação de processos industriais”, “como funciona manutenção preditiva”
- Meio de funil: “vantagens do CRM industrial”, “estratégias de marketing para indústria B2B”
- Fundo de funil: “agência de marketing industrial em SP”, “consultoria para gerar leads industriais”
3. Monte uma estrutura orientada para IA e leitura escaneável
A organização do conteúdo deve seguir uma estrutura clara e favorável ao entendimento por robôs e humanos:
Modelo sugerido:
- Introdução (com a palavra-chave e conexão com o problema real)
- Subtítulos com perguntas (otimizados para snippets e IA)
- Blocos de conteúdo curtos, com bullet points e exemplos
- Links internos e externos contextualizados
- Conclusão com CTA (chamada para ação)
4. Priorize conteúdo original, confiável e atualizado
A IA valoriza fontes confiáveis e conteúdos com informações reais e bem referenciadas.
Práticas recomendadas:
- Citar estudos de mercado (Ex: McKinsey, Rock Content, Think with Google)
- Atualizar posts antigos com novos dados e links
- Incluir cases próprios ou depoimentos de clientes industriais (se aplicável)
5. Acompanhe performance e refine o que for necessário
Após publicar, monitore a performance do conteúdo com foco em:
- Impressões e cliques nos buscadores (Google Search Console)
- Sessões orgânicas e taxa de permanência (Google Analytics)
- Compartilhamentos ou interações via e-mail ou redes sociais (RD Station, LinkedIn)
Ajuste quando necessário: atualize títulos, adicione tópicos que estejam surgindo nas buscas e mantenha o conteúdo vivo.
Métricas para avaliar o sucesso de conteúdos voltados para SEO e IA
De nada adianta criar conteúdos otimizados para o Google e para a IA se você não acompanhar seus desdobramentos reais no funil de marketing. Entender as métricas corretas permite não apenas comprovar resultados, mas também ajustar rotas com precisão.
A seguir, veja os indicadores-chave para avaliar o desempenho de conteúdos industriais pensados para SEO tradicional e buscadores baseados em IA:
1. Visibilidade e desempenho em mecanismos de busca
Avalie o quanto seu conteúdo está ganhando espaço nos resultados de busca (orgânicos e generativos):
- Impressões e cliques (Google Search Console)
- Quais termos estão trazendo mais tráfego?
- O conteúdo aparece para as perguntas certas?
- Quais termos estão trazendo mais tráfego?
- Posições médias no Google
- O conteúdo está se aproximando da primeira página?
- Está ganhando espaço nos snippets ou na SGE?
- O conteúdo está se aproximando da primeira página?
- Presença em rich snippets e experiências de IA
2. Engajamento e retenção de visitantes
Para a IA (e para o Google), manter o usuário envolvido é um dos principais sinais de qualidade. Métricas úteis:
- Duração média da sessão
- O conteúdo está prendendo atenção? Conteúdos acima de 2 minutos têm boas chances de ranquear melhor.
- O conteúdo está prendendo atenção? Conteúdos acima de 2 minutos têm boas chances de ranquear melhor.
- Páginas por sessão e taxa de rejeição
- O visitante navega por outros conteúdos?
- A estrutura de linkagem interna está funcionando?
- O visitante navega por outros conteúdos?
- Scroll depth (profundidade de rolagem)
- Ferramentas como Hotjar e Clarity ajudam a ver se o visitante lê até o final.
- Ferramentas como Hotjar e Clarity ajudam a ver se o visitante lê até o final.
3. Geração de leads qualificados
No setor industrial, SEO precisa ser mais do que visibilidade — ele deve atrair contatos relevantes e interessados.
- Taxa de conversão de conteúdos (acesso → ação)
- O visitante está clicando nos CTAs?
- Está baixando materiais, pedindo contato, se inscrevendo em newsletters?
- O visitante está clicando nos CTAs?
- Leads atribuídos ao conteúdo
- Use UTM tracking, RD Station ou HubSpot para identificar quais conteúdos geraram leads.
- Use UTM tracking, RD Station ou HubSpot para identificar quais conteúdos geraram leads.
4. Sinais de autoridade e referência
Sinais externos também indicam à IA que seu conteúdo é valioso:
- Backlinks de sites confiáveis
- Alguém está citando sua página como referência? Use Ahrefs ou SEMrush para monitorar.
- Alguém está citando sua página como referência? Use Ahrefs ou SEMrush para monitorar.
- Compartilhamentos e menções
- O conteúdo circula no LinkedIn, grupos técnicos, newsletters do setor?
- O conteúdo circula no LinkedIn, grupos técnicos, newsletters do setor?
- Comentários e interações
- Estímulo à conversa e feedback indicam relevância real, não apenas técnica.
- Estímulo à conversa e feedback indicam relevância real, não apenas técnica.
Conclusão
À medida que o Google e outras plataformas evoluem com a Search Generative Experience (SGE) e modelos como Gemini, o conteúdo para o setor industrial também precisa acompanhar essa transformação.
Mais do que técnicas isoladas, criar conteúdos que ranqueiam hoje exige estratégia, profundidade e inteligência de mercado, com foco real nas perguntas que os tomadores de decisão estão fazendo e nas respostas que realmente resolvem seus desafios.
Ao alinhar:
- pesquisa de palavras-chave com intenção clara,
- estruturas semânticas que favorecem a IA,
- e métricas que indicam desempenho e autoridade,
…sua indústria deixa de ser apenas mais uma no digital e passa a ser referência nos resultados de busca e nas conversas inteligentes que moldam o futuro das vendas B2B.
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